terça-feira, 5 de junho de 2012

Questões enviadas pelos alunos relacionadas ao texto


SANTAELLA, Lucia; LEMOS, Renata. A cognição conectiva do Twitter. São Paulo: Paullus, 2010. Capítulos  5, 6 e 7.

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Primeiro vieram os sites tipo TED, com seus 18 minutos de saber compartilhado; depois o Twitter, em seus 140 caracteres, com sua experiência QOTD, em seu saber colaborativo; que ancoram mobilizações da instância da inteligência coletiva. Fenômenos que parecem indicar a diluição do centro da construção do saber, antes do unilateral ou bilateral, para multilateral. Esse movimento social no ciberespaço não estaria promovendo um gradual deslocamento do poder; séctário do argumento de autoridade; para uma base dialógica; detentora de uma argumentação circular; pois todos os sujeitos estariam sendo detentores de saber e dessa forma do poder? Isso não estaria sendo uma ambiência antropológica de potência para uma retomada da diferenciação e um reasseguramento recíproco de singularidades e/ou alteridades?

O Friedorfollow (uma ferramenta para descobrir quem fez um Unfollow para um membro do twitter: sem precisar entregar a senha do Twitter é só digitar o nome do perfil no campo principal, e o site dá uma relação de todos os perfis que não estão lhe seguindo) pode ser pensado como um aplicativo de rastreio para Twitter?

Segundo Santaella e Lemos, “o tipo de conteúdo a ser veiculado pelo usuário através do Twitter irá depender de uma análise de sua estratégia pessoal de mídia”. Aqui, as autoras referem-se ao outflow. Diante desta possibilidade – ‘estratégia pessoal de mídia’ – alcançamos, através do Twitter, o que todo profissional da área de planejamento de Comunicação (jornalista, publicitário, relações públicas etc) almeja: atingir em cheio o seu público alvo? Ou, somente com o Twitter, é que podemos identificar mais acertadamente?
Quando falamos em redes sociais da internet, neste caso específico o Twitter, muitos questionam se quem, efetivamente, está por trás daquele post, realmente, é o ‘dono’ do perfil. No caso das celebridades isto fica mais evidente. Quando as autoras falam em caráter conversacional na questão da estratégia de conteúdo para o outflow não como um canal estático e unidirecional, mas que cada novo tweet penetra em um fluxo vivo, em contínuo movimento, que se renova em tempo real, a identidade real do emissor não estaria em jogo? Ou seja, no lugar de ter um caráter conversacional ele (o outflow) seria uma estratégia ou mais uma estratégia?
Segundo Lucia Santaella e Renata Lemos, “A mobilidade e o acesso contínuo à internet através de celulares cada vez mais inteligentes altera a temporalidade e também a territorialidade dos relacionamentos sociais (...)".

É muito difícil, digamos que, tendendo ao impossível, encontramos somente aspectos positivos ou somente negativos em uma abordagem de pesquisa. Porém, sem uma análise extremista, a "cultura do always on" pode ser MAIS DECISIVA no enriquecimento ou no enfraquecimento sas relações humanas?
Uma pergunta-provocação: Os usuários de redes sociais em geral (e, particularmente, do twitter, objeto de estudo de Santaella e Lemos), se sentem, "confortavelmente", protegidos pela "segurança" do seu espaço, e desatinam a proferir impropérios como verdadeiras metrollhadoras onlines... Se os mesmos tivessem a noção que estão mais para o imperador do cono "A roupa nova do Rei" do que um ativista dos Anonymous, eles continuariam a agir do mesmo modo?
Santaella e lemos afirmam que "a sociabilidade em rede, nesse novo contexto, é distinta da sociabilidade física" (p. 91) e citam wittel (2001) para justificar o argumento: "o conceito de sociabilidade em rede é uma forma de sociabilidade que é efêmera, contudo intensa ...". Nesse sentido, questionamos: existe mesmo uma diferença entre a sociabilidade em rede e a sociabilidade física? Os elementos trazidos pelas autoras não se assemelham à descrição da sociabilidade contemporânea descrita por maffesoli - e recorrentemente reiterada por outros autores?
Ainda a partir da afirmação acima, problematizamos: não deveríamos, portanto, falar de uma sociabilidade que não estabeleça limites/fronteiras entre "vida física" e "vida na rede"?
O desenvolvimento de habilidades cognitivas especificas para utilizacao das redes socias digitais estaria alterando as proprias faculdades racionais do ser humano? É possivel pensar em um homem/mulher 3.0?
A utilizacao de aplicativos especificos como o tweetcloud, twittergrader, entre outros, inaugura uma nova roupagem da pesquisa social? Estes podem ainda ser pensados como suportes tao somente, uma vez que desempenham papel crucial na metodogia aplicada?
Santaella pontua que as redes sociais digitais permitem uma "interatividade pluridimensionada". É possível afimar que estas redes potencializaram uma comunicação que se situa entre a interpessoal e a de massa? A barreira entre estes dois tipos de comunicação estão mais fluidas?
A autora afirma que são raros os usuários do Twitter com 100% de foco no inflow. Podemos afirmar que estes usuários fazem parte da comunidade virtual? Ou o pertencimento demanda participação?

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